OS POVOS GERMANICOS E A INVASÃO DO IMPÉRIO ROMANO
Resumo:
Este artigo aborda os povos germânicos a partir do século I quando se intensificou as migrações e o contato com o Império Romano. Começarei dando um apanhado geral sobre os costumes e a vida destes povos, frisando o lado social e econômico. Logo mais abordarei de uma forma generalizada os principais povos e a sua localização. Pra finalizar, enfatizarei o contato com os romanos e os fatores que contribuíram para a grande migração para dentro do Império Romano no século V e a queda do império.
Palavras Chaves: Império Romano, guerreiros, fortes, valentes, batalha
Primeiras Palavras:
Apresentarei aqui uma explanação sobre os povos germanos e a invasão de Roma, com o objetivo de deixar mais claro como aconteceu a queda do Império Romano. Os povos germânicos tiveram um grande papel na formação de uma nova sociedade que surge a partir deste evento.
Apresentarei aqui uma explanação sobre os povos germanos e a invasão de Roma, com o objetivo de deixar mais claro como aconteceu a queda do Império Romano. Os povos germânicos tiveram um grande papel na formação de uma nova sociedade que surge a partir deste evento.
Este artigo foi construído como trabalho avaliativo na disciplina Historia Medieval I orientado pêra professora Maria Beatriz Pinheiro Machado do Curso de Historia da Universidades de Caxias do Sul no segundo Semestre de 2008
OS POVOS BÁRBAROS E GERMANICOS

Família GermânicaOs povos de origem germânica, também chamados de bárbaros, habitavam regiões do norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano. Eram um povo simples, viviam em aldeias onde a terra pertencia a todos. O chefe da tribo geralmente era um guerreiro forte e valente, vencedor de batalhas, que supostamente seria capaz de defendê-los caso fosse necessário. As leis eram seguidas de acordo com a tradição de cada tribo, podendo variar muito de uma para outra. Como não conheciam a escrita, suas tradições eram passadas oralmente de geração para geração. Sua organização social era o patriarcado, o homem era o chefe da família e era responsável por tomar todas as decisões domésticas. Decidia também sobre conflitos e as terras.
Praticavam uma agricultura rudimentar, pois não tinham conhecimento de técnicas agrícolas que pudessem renovar o solo de uma safra a outra o tornando fértil novamente; sendo assim, podem ser considerados seminômades. Criavam animais como a vaca ou ovelhas para utilizar seu couro em peças de vestuário, sua carne e o leite como alimento e dominavam a arte de trabalhar com metais. Do ponto de vista econômico, eles praticavam trocas de mercadorias.
Eram politeístas, cultivavam vários deuses que relacionavam com elementos da natureza. Para o povo romano, que era cristão eles eram os Pagãos. Por ser um povo de tradição oral, não possuímos relatos destas religiões, por isso, muito deve ainda estar oculto a nossos olhos e continuará assim por muito tempo. O que sabemos é por meio de vestígios encontrados pela arqueologia. Seus lugares de culto ficavam próximos de rios, nascentes, córregos, cachoeiras, entre outros. Todos estes lugares estão relacionados com a fertilidade. Na época da primavera promoviam vários festivais, e juntamente com eles, praticavam rituais da fertilidade. Muitas crianças costumavam nascer nove meses após estes rituais. É muito fácil encontrar referencias de um deus com chifres acompanhado por uma deusa. Dois deuses muito populares sã

SOBRE OS PRINCIPAIS POVOS

Os principais povos germânicos são os Francos, que se estabeleceram ao sul da frança e fundaram o Reino Franco, os Lombardos, que invadiram o norte da Península Itálica, os Anglo e Saxões que se instalaram na região da atual Inglaterra, os Visigodos, que instalaram-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica, os Suevos, também na Península Ibérica, os Vândalos no norte da África e na Península Ibérica e os Ostrogodos, que invadiram a região da atual Itália.
Saxões, visigodo, ostrogodos, alamos, burgundios entre outros povos, não resistiram a pressão extrema e acabaram dominados ou destruídos. Isso não aconteceu com os francos, que conseguiram se estruturar e formar raízes na Gália, expandindo-se por territórios que hoje correspondem a França, Alemanha e Bélgica. Franco quer dizer ousado e corajoso, que são características que podem descrever muito bem este povo.
Da Escandinávia vieram os Lombardos, do latim longobardi, que quer dizer “os de barba longa”. Instalaram-se na região que hoje leva seu nome, a Lombardia, que mais tarde foi conquistada pelos francos, guiados por Carlos Magno. Do território que hoje é a Alemanha e o leste da Holanda vieram os Saxões, que invadiram com tudo as ilhas Britânicas.
Reinos dos Visigodos
O Reino SuevoPertencente ao povo godo, os visigodos, que quer dizer “povo valente”, deixaram o mar Báltico em direção ao mar negro e cada vez mais para dentro do território romano instalando-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica. Encostado neste território estão os Suevos. Oriundos do Norte da Europa, foram expulsos de suas terras pelos hunos, e atravessaram o rio Reno, entrando no território Romano pela Hispania, alojando-se principalmente no Noroeste da Península Ibérica . Os Ostrogodos, também um povo godo, viviam desde o Mar negro até o Báltico se instalaram na Itália. os Vândalos , que se instalaram no norte da África.
A MIGRAÇÃO PARA O IMPÉRIO ROMANO
Nas estepes asiáticas, um povo nômade de guerreiros se sobressaiu por ganhar a fama de guerreiros insensíveis. Eram os Hunos. Dominavam a técnica da cavalaria, sendo considerados os melhores cavaleiros do mundo antigo. Eles conquistaram a China, foram para oeste, onde hoje é o sul da Rússia e conquistaram o reino dos Ostrogodos, que, por sua vez, não aceitaram a submissão e fugiram para o ocidente, juntando-se aos Visigodos. Juntos, esses dois povos não foram capazes de vencer o hunos e foram forçados pra dentro do Império Romano. Enquanto Roma estava ocupada se defendendo dos Visigodos, outros povos iam invadindo o território romano. A primeira grande onda de invasão aconteceu, segundo consta nos livros de história, na noite 31 de dezembro de 406, num rigoroso inverno. Eram Suevos, Vândalos e Álamos, que , também pressionados pelos hunos, não tinham outra opção senão adentrar ao império romano, seguidos pelos Bungúrdios e os Alanos . Quando Roma deu por si, a presença germânica no seu território era uma constante. Foram obrigados a incorporá-los e logo em seguida, eram esses povos federados, que obtiveram o direito sobre terras e de receber tributos , que exerciam o domínio sobre os romanos. A questão das terras foi resolvida através do REGIME DE HOSPITALIAS, que segundo o costume romano, acolhem seus hóspedes e dividem seus bens e escravos enquanto durar a visita. Deu-se assim uma adaptação deste costume onde 2 parte das terras foram para os germano e 1 parte ficara para os romanos. Os bárbaros entraram no território romano em menor número e mesmo assim ganharam. A desestruturalização do aparato militar romano foi primordial para este resultado. Podemos comentar outros fatores que também contribuíram para isso. A maioria da população romana era formada por povos outrora subjugados e conquistados por Roma, sendo assim, estes povos não tinham sentimento de patriotismo. Como já haviam sido dominados, os germanos eram visto apenas como mais um povo que passará a dominá-los. A grande massa populacional estava empobrecida, mal alimentada, vivendo muito abaixo do nível de pobreza, e mesmo assim, pagando impostos cada vez mais caros. A proposta dos germânicos foi mais branda e teve grande aceitação da massa populacional. Roma tinha uma elite parasitária que vivia aos custos da classe trabalhadora, e essa elite não “fazia orçamento” para banques, eles simplesmente gastavam. Claro que mais tarde começam os casamentos entre a elite romana e germana e em questão de duas gerações não se distingue mais quem é romano de quem é germano.
Os germanos não tinham uma noção de estado, por isso, tomaram emprestado o modelo de estado romano. No início ouve uma dualidade nas leis, romanos respondiam de acordo com as leis romanas, quem era germânico, respondia de acordo com a lei germânica. Logo este povo cedeu ao cristianismo e a igreja passou ser a principal instituição medieval. Eles foram se convertendo aos poucos e a maioria acabou por se converter ao catolicismo romano. Na maioria das vezes, quando o chefe ou o rei se convertia, o restante da população acabava por segui-lo. No início, romano e germano vivia cada um o seu papel, mas logo mais os casamentos entre eles foram liberados desde que seguissem sua linhagem; aristocratas com aristocratas, plebe com plebe, e assim sucessivamente Logo, em questão de duas gerações não se distinguia mais romano de germano, começou a existir um novo grupo, que deu origem ao a uma época resultante da sociedade romana em decadência e a sociedade bárbara em evolução: a Idade Média Feudal.
Palavras Finais:
Revendo o texto escrito, podemos perceber o grande papel que os Germanos tiveram na queda do Império Romano e na formação da Sociedade Feudal. Mesmo sendo um povo sem estrutura social de Estado e Política, conseguiram organizar, com ajuda de modelos romanos, uma sociedade que foi se fortalecendo e se sobrepondo a Roma. Estes povos ditos “bárbaros” dominaram todo um império e mudaram a história.
Referências Bibliográficas:
Para realizar este trabalho utilizei como fontes obras de Courcelle, Pierre, 1948.; Le Goff, Jacques e Ribeiro, Maria Eurydice Barros, além dos sites http://www.wikipedia.com.br/, http://www.suapesquisa.com/povosbarbaros