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quinta-feira, 26 de março de 2009

AS CRUZADAS




AS CRUZADAS


Resumo:


Este artigo representa os resultados finais da pesquisa sobre as cruzadas, realizada como atividade não presencial na disciplina de História Medieval I. Para Realizar esta tarefa utilizei como fontes as obras de: Read, Piers Paul, Os Templários; 2002 e os seguintes sites: http://www.jornallivre.com.br/219369/tudo-sobre-cruzada.html,http://http://www.wikipedia.com.br/, http://www.saberhistoria.hpg.ig.com.br/cruzadas.htm. Na primeira parte do trabalho apresentamos a contextualização do período e as principais motivações para a realização das cruzadas. Na segunda parte, enfocarerei de forma mais detalhada o papel das cruzadas. A terceira parte tem como objetivo explicar os interesses econômicos que influenciaram esta investida contra o Oriente. Por fim, de forma resumida, apresentarei dados sobre as principais cruzadas.



Palavras Chaves: Cavaleiros, Igreja Católica, Terra Santa, relíquias sagradas, nobres, árabes.


Primeiras Palavras:



As Cruzadas é um tema que envolve muitas lendas, superstições e até um certo grau de misticismo. Histórias como a do santo graal e da arca da aliança são fáceis de serem encontradas no meio de histórias sobre as cruzadas pois exercem um certo facínio na imaginação contemporânea. O que quero é separar o mito da realidade. Darei ênfase apenas a aspectos reais da história, deixando o mito para os especialistas em ficção.



A SOCIEDADE NA ÉPOCA DAS CRUZADAS



As cruzadas aconteceram na Idade Média, que teve início na Europa, com as invasões germânicas e durou até o séc. XV, com a retomada do comércio e o renascimento urbano. O período medieval é caracterizado pela economia rural, com o comércio perdendo sua força e a igreja exercendo sua supremacia. Além disso temos um sistema feudal e uma sociedade completamente hierarquizada.
Todos os poderes estavam concentrados nas mãos dos Senhores Feudais, decidiam sobre a política e a economia, tendo o restante da população que acatar aquilo que fora decidido por eles. A estrutura política dava-se através da vassalagem. O senhor dava um pedaço de terra para o vassalo, sendo que este último deveria prestar serviços, ser fiel e ajudar o seu senhor. O Vassalo oferecia fidelidade e trabalho, e o senhor lhe dava proteção e um local para produzir. Estas ligações não eram necessariamente hereditárias, mas tinham tendência a se tornarem.



A Supremacia da Igreja Católica:



A nobreza feudal, composta por Senhores Feudais, Condes, Cavaleiros, Duques, Viscondes, tinham o poder em suas mãos, pois eram detentores de muita terra, e terra era sinônimo de poder. O Clero também tinha muito poder dentro da sociedade medieval, eles eram responsáveis pela segurança espiritual de toda a população, sendo esta muito devota ao Cristianismo e a Igreja Católica. A igreja era de veras importante pois sua influencia ia desde maneira de pensar e até no jeito de vestir, chegando até a ditar a moda. O poder econômico da igreja era baseado em grandes propriedades de terras que acumularam durante o tempo e uma quantidade grande de servos sempre aptos a trabalhar.
A educação era para poucos, apenas filhos de nobres estudavam, e a igreja era responsável por uma parte dela. A igreja ensinava o latim, doutrinas religiosas e práticas militares. No início os mosteiros eram realmente para se meditar, rezar, comungar com Deus. Com o passar do tempo, nobres começaram a enviar seus filhos para os mosteiros mesmo sem vocação religiosa, pois a igreja dava-lhes poder.
A igreja pregava uma vida simples, como a de Jesus, que abdicou de seu trono de rei. Isso levou muitos a abdicar riquezas e poder em troca da solidão eremita. Refugiando-se sozinhos em cavernas, grutas e montanhas, comendo o que encontravam e bebendo água da chuva, esses homens solitários começaram a aceitar outros em seus grupos para que pudessem meditar juntos, e assim surgiram os mosteiros. Como os monges passavam a maior parte do tempo fazendo trabalho braçal, os mosteiros logo se tornaram auto-sustentáveis. O restante do tempo eles gastavam escrevendo ou lendo nas suas bibliotecas ou meditando e rezando em suas celas. Seus relatos são muito importantes, pois sem este legado teríamos deixado muita coisa passar desconhecida por nós.
A população medieval era extremamente religiosa, idolatrava imagens de santos, que eram encontrados em vitrais, altares e pinturas. Assim como as imagens, a adoração de relíquias religiosas foi fugas neste período, chegando ao absurdo do roubo de parte de corpos de santos. Cada cidade fundava queria ter um túmulo de um santo e isso causava muitos conflitos. Sabemos que muitas dessas relíquias eram falsas, mas isso não impediu a comercialização de todo o tipo de relíquias que se pudesse inventar: ossos de santos, pedaços da cruz de Cristo, roupa de “São Fulano”, chumaço de cabelo de “São Beltrano”. O santo era o protetor, e estar em contato com a relíquia possibilitava estar em contato com o santo.



O Início das peregrinações:



Os cristãos da idade média eram educados desde cedo com o cristianismo, e a fervorosa adoração de relíquias santas atingiu seu auge na idade média. Movidos por um desejo de purificação santa, muitos desses cristãos se impulsionaram em peregrinações com destino à Terra Santa. Muitos viviam para isso, vendiam tudo, adquiriam dívidas só para poder chegar à Cidade Sagrada visitar os locais considerados por eles sagrados. Era o sonho de toda uma vida! O santo sepulcro, a via sacra; a cidade era literalmente sagrada para os cristãos medievais.
Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém.Quando os árabes conquistaram Jerusalém no séc. XI., a situação se tornou inadmissível para o povo cristão do ocidente: ver sua cidade sagrada, onde Cristo foi crucificado, onde morreu e ressuscitou nas mãos de um povo que eles julgavam profanadores foi a gota d`água. Neste cenário, o Papa Urbano II convocou a primeira cruzada com o objetivo de expulsar o povo infiel da Terra Santa e assim se deu início a uma série de expedições. O nome se deu em ventura da roupa dos peregrinos que, ao viajarem em direção a Terra Santa pintavam uma cruz m suas vestes, passando assim a serem chamados de “os Cruzados”.



O PAPEL DAS CRUZADAS



As cruzadas representaram um importante papel no contexto de sua época. Visto por diferentes prismas, este papel nos mostra os diferentes legados deixados pelas Cruzadas dentro da sociedade. As Cruzadas modificaram sua época e abriram caminho para o surgimento de uma nova sociedade.
A abertura do comércio marítimo se deu por causa das cruzadas. Com isso fez-se circular pelos portos do mediterrâneo, produtos vindos do oriente, como queriam os mercadores Europeus. Sendo assim, a circulação de moeda dentro do continente cresceu e juntamente com ela o desejo por aumentar os lucros.
Com a abertura do comércio, as cidades voltaram a crescer e os Senhores Feudais foram obrigados a aumentar suas rendas e produzir também para suprir a demanda urbana. Eles fizeram de seus servos homens livres e arrendaram as terras a eles, modificando assim todo o sistema feudal.
Não podemos escrever sobre as cruzadas sem mencionar os “Cavaleiros Templários”, que segundo Piers Paul Read, 2002, foi a mais poderosa ordem militar dos cruzados. Essa ordem foi fundada com o apoio do Papa Urbano II, com a finalidade de dar segurança aos lugares e templos sagrados de Jerusalém, cidade que foi conquistada pelos Europeus na primeira cruzada. A Ordem dos Cavaleiros Templários, inicialmente formada por monges, passou a ser mais que uma instituição militar e se tornou uma ordem sagrada. Com o tempo nobres sem vocação religiosa de alistaram e a religiosidade cedeu lugar ao orgulho e a luxúria, mas sem jamais deixar de defender a Igreja. As instituições bancárias são um legado deixado pelos templários; afinal eles se tornaram ricos e poderosos, e viajar com muito dinheiro e tesouros não era muito aconselhável naquela época, acabaram por inventar as “transações bancária”da época.




INTERESSES ECONÔMICOS QUE MOTIVARAM AS CRUZADAS


Sabe-se também que não foi apenas os motivos religiosos que levaram as cruzadas, ouve outros. Muitos nobres Europeus entraram nesta contenda, seduzidos pelas riquezas que poderiam adquirir no oriente, já que naquela época, a herança ficava sempre com os filhos mais velhos e todos os outros ficavam sem terra. A expectativa se saques e pilhagens ajudaria esses nobres sem terras a conseguirem algum tipo de riqueza e prestígio.
Além disso, os comerciantes Europeus desejavam dominar o comércio de especiarias e artigos de luxo vindos do oriente através do Mar Mediterrâneo. As rotas comerciais para o oriente eram muito lucrativas e os turcos a estavam dominando. Os mercadores de Veneza, Gênova e outros tantos portos europeus precisavam dominar uma dessas rotas. Sendo assim, qual ocasião melhor para uma investida contra os muçulmanos que não as cruzadas? Lutar com o estandarte de Cristo e ser abençoado por isso. Era uma oportunidade imperdível. Produtos antes conhecidos somente na Espanha e em outros lugares dominados pelos muçulmanos como o algodão, cana de açúcar e diversas árvores frutíferas puderam ser difundidos para toda a Europa.




AS PRINCIPAIS CRUZADAS















Mapa das principais cruzadas

Primeira Cruzada: (1096 - 1099)
Formada por Godofredo de Bulhão. Desta cruzada participaram 250 mil cruzados. Eles conquistaram Jerusalém e outros estados menores turcos.

Segunda Cruzada: (1147 - 1148)
Organizada por Luis VII da França e Conrado III da Alemanha organizou esta cruzada que não teve êxito.


Terceira Cruzada: (1189 - 1192)
Conhecida como “A Cruzada dos Reis”. Os reis Felipe Augusto, da França, Ricardo Coração de Leão da Inglaterra e Frederico Barba-Roxa, do Sacro-Império, lutaram juntos nesta cruzada. Esta cruzada recebeu o apoio do Papa Inocêncio III. Barba-Roxa lutou, vencendo os muçulmanos mas morreu logo em seguida. Ricardo Coração de Leão tornou-se amigo do sultão Saladino e Jerusalém continuou em poder dos turcos.

Quarta Cruzada: (1202 - 1204)
Liderada por Balduíno de Flandres, chegou a Constantinopla, mas desistiu de seguir até Jerusalém. Não atingiu seus objetivos.

Sexta Cruzada: (1228 - 1229)
Liderada por Frederico II que conquistou Jerusalém recebendo o título de “rei de Jerusalém”. Mas, a cidade foi reconquistada pelos muçulmanos em 1234.

A Cruzada das Crianças
Acreditava-se que por serem puras (sem pecados), as crianças seriam compensadas por Deus. Porém em sua maioria acabaram sendo vendidas como escravas.
Nenhuma das cruzadas obteve o sucesso esperado e após dois séculos foram abandonadas.



Palavras Finais:



Olhando pelo prisma dos objetivos, o resultado final das cruzadas foi total fracasso. Não conseguiram atingir nenhum de seus reais objetivos. As cruzadas foram abandonadas e os lugares santos ainda estavam nas mãos dos muçulmanos. Se por este ponto de vista não foram satisfatórias, por outro lado tiveram uma positiva repercussão. As cruzadas ampliaram o conhecimento dos europeus a cerca do Oriente e seu conhecimento da geografia, das ciências e da tecnologia desses povos orientais foi renovado. A abertura do comércio incitou o capitalismo e uma mudança na sociedade. O que não podemos garantir é se esta mudança foi positiva ou não.