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domingo, 26 de julho de 2009

SÃO LEOPOLDO, BERÇO DA COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RIO GRANDE DO SUL.


Resenhado por Aline Andreazza
Enquanto Acadêmica do curso de História pela Universidade de Caxias do Sul


Este texto se baseia em um artigo escrito por Eloisa Helena Capovilla da luz Ramos, chamado: “ O cenário Leopoldense entre 1850 e 1930”. Neste texto a autora tem por objetivo nos mostrar como são descritos os espaços públicos e privados das elites desta cidade durante este período, mostrando também o seu desenvolvimento, que, segundo ela, foi alcançado a partir dos anos 40 do séc. XIX.


Eloísa nos apresenta São Leopoldo como cidade berço da colonização alemã no Rio Grande do Sul, e uma cidade que apresentou muito cedo estruturas para o lazer, como salões de baile, clubes, hotéis, espaços ao ar livre, etc... Sedo colonizada por alemães, a autora sustenta ter São Leopoldo uma bagagem cultural diferente das outras colonias que aqui estavam. Isso, segundo a autora, se deve a influência da religião Protestante, que já reformada tinha outra visão. Além da religião, tinham um outro modo de trabalhar a terra e uma visão de mundo diferente.


Com o auxílio de depoimento de viajantes que por lá passaram, a autora faz um apanhado de São Leopoldo durante seus primeiros 60 anos, onde, chegou-se a conclusão que, primeiramente ela era considerada rica, ordeira, com casas luxuosas; depois, com o crescimento urbano desordenado, com falta de diretrizes, foi considerada, no final dos anos de 1870, como uma cidade com uma infra-estrutura precária. Mesmo assim, a autora coloca no texto que a cidade não parou de crescer, principalmente após a Guerra dos Farrapos, e esta nova mudança econômica trouxe um novo modelo de vida para a estrutura da vila, onde advogados, médicos, jornalistas e funcionários públicos também aumentaram seu úmero dentro da sociedade.

Com esse crescimento vertiginoso, e essas mudanças todas, a Eloisa descreve a necessidade da criação de espaços para o laser, e foram os comerciantes que se mostraram os mais preparados para este salto. Começou com a fundação do clube Orpheu, em 1858, era dedicado ao canto, mas logo começou ser usado para outras atividades e também cedido para comunidade em forma de aluguel, já que era um clube de sociedade, foi aí que sua importância cresceu. Outra forma de entretenimento que a autora nos mostra são as igrejas, tanto a católica quanto a luterana; para a elite local, a igreja não era só um local de recolhimento, de meditação e de aprendizagem sobre os bons costumes, mas também espaço público de ver e ser visto. Eloisa também coloca as escolas como forma de diferenciação social, pois, segundo ela, freqüentar determinadas escolas fazia parte da diferenciação de status.

Conforme Eloisa, foi no início dos ano 80 do séc. XIX que a ginástica chegava aqui pela mão de alemães, sendo assim fundado o Clube de Ginástica de São Leopoldo. A ginástica foi incorporada ao teatro e neste período, peças teatrais na sociedade Orpheu eram bastante freqüentes. De acordo com a autora, o teatro tinha muita influencia tanto no profissional quanto no amador. A autora nos apresenta alguns esportes de salão, onde se destaca principalmente o bolão. Existia também o clube de tiro e o clube de tênis, que completavam o cenário privado do lazer de São Leopoldo. O clube Orpheu só perdeu seus status, quando, segundo Eloisa ...” na década de 20, surgiu, aquele que seria considerado pelos leopoldenses o clube de elite por excelência: a Sociedade Recreio Juvenil”. De acordo com a autora, no final do séc. XIX, início do séc. XX, nos clubes ocorriam apresentações de operetas e trupes de mágicas. De acordo com ela, a ligação com Porto Alegra era fácil, então os espetáculos vinham em turnê para POA e acabavam fazendo uma apresentação em São Leopoldo.


Eloisa também nos apresenta dois morros: o Paula e o do Espelho, onde eram realizados piqueniques em dias especiais, até mesmo com escolas. Mas a elite usava uma certa chácara, chamada “Chácara Shmidt”, onde festejavam quermesses, páscoa, a até poderia servir de cenário para um simples jogo de futebol para os participantes ilustres.
Como diz a autora, a prática do lazer sempre esteve muito presente entre o povo leopoldense. Pode-se chamar de um estilo de vida. Para cada tempo, existem certos tipos de atividades, diferenciando de acordo com gênero ou gostos, ou ainda fatores econômicos. Isto pôde ser analisado no artigo de Eloisa.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

ARTIGO



OS NÔMADES DO MARTÍRIO:
A vida do médico no campo de batalha.
Aline Andreazza
RESUMO: (Enquanto Acadêmica de História)

Este artigo representa os resultados finais de uma pesquisa elaborada nos moldes da Revolução de 1893, onde o foco é a figura do médico voluntário. Esta pesquisa foi realizada como atividade avaliativa na disciplina de História do Rio Grande Do Sul. Para realizar esta tarefa utilizei como fontes as obras de Ângelo Dourado, Voluntários do Martírio, 4 Séculos de História, de Júlio Quevedo e Diários da Revolução de 1893, de João Nunes da Silva Tavares, além dos sites http://www.wikipedia.br/, e http://www.infoescola.com/historia/revolucao-federalista/. Na primeira parte do trabalho apresentarei a contextualização do período e as principais motivações que levaram à essa guerra. Na segunda parte, farei menção ao cenário em que o Rio Grande do Sul se encontrava durante o período da revolução de 1893. Na terceira parte da pesquisa enfocarei de forma mais detalhada o papel da figura do médico dentro desta revolução; da tropa, os acampamentos, seus instrumentos, suas dificuldades e superações. Por fim , de forma resumida, apresentarei um resumo das minhas conclusões sobre o tema apresentado.


PALAVRAS CHAVES: Rio Grande do Sul, revolução, coxilha, gaúcho, trincheira, tropas, republicanos, federalistas.

PRIMEIRAS PALAVRAS: Os médicos são figuras realmente muito importantes. Se são importantes na nossa vida quotidiana, imagine a sua importância durante uma guerra. Durante a Revolução de 1893 suas privações eram muitas, os recursos eram escassos, mas eles estavam ali, voluntários por uma causa que acreditavam com o coração e a alma cheia de esperanças. Foi durante uma época de contendas políticas e ideológicas que Ângelo Dourado conta seu relato junto ao campo de batalha, engajado ao exército dos Republicanos.



A SOCIEDADE EM 1893
A Revolução de 1893, surge à partir da evolução dos antigos ideais republicanos dos farroupilhas, que almejavam a liberdade política, o rompimento com o autoritarismo monárquico, o fim do absolutismo imperial, e a descentralização do poder. Esses movimentos revolucionários, sofreram a inspiração da Revolução Francesa, através dos seus ideais de "Igualdade, Liberdade, e Fraternidade", bem como a influência dos vizinhos platinos, tais como, Argentina e Uruguai, que ao se emanciparem de sua metrópole, adotaram a República como regime de governo, e também, durante a Guerra do Paraguai, onde militares brasileiros tiveram um estreito contato com as nações republicanas aliadas.



Faz-se necessário ressaltar que os "Chimangos e Maragatos", não surgiram de uma hora para outra, o movimento resultou de um clima de insatisfação, que se arrastava há vários anos, desde que as primeiras idéias republicanas começaram a se fazer sentir no país.



O movimento republicano gaúcho, teve como principais características, o federalismo, a abolição da escravatura, o fim do 4º poder (Moderador), e a adoção das idéias positivistas de Augusto Comte. Devido à este caráter comtiano, o Partido Republicano Riograndense (PRR), fundado em 1882, diferenciou-se muito dos demais partidos republicanos das outras unidades da federação. Por ocasião da proclamação da República, o PRR assume o governo no RS, tendo à sua frente Júlio de Castilhos, positivista ferrenho, que outorgou uma constituição autoritária, que possibilitava a reeleição sucessiva do Presidente do Estado. Em 1891, com a tentativa de golpe contra Deodoro da Fonseca, e a indecisão de Castilhos em se posicionar frente aos fatos, ele é derrubado, e instala-se um governo provisório. Floriano Peixoto assume o governo federal, e Júlio de Castilhos volta ao poder no RS no ano seguinte. O descontentamento das forças econômicas estaduais, com o autoritarismo de Castilhos, culminou com o movimento armado que eclodiu em fevereiro de 1893, e se estendeu até 23 de agosto de 1895.



Essa revolução ceifou muitas vidas, tanto de brasileiros, como uruguaios, que também se envolveram no conflito que se estendeu até os limites do estado de São Paulo. As classes mais baixas da população, entraram no conflito acompanhando os seus patrões, isto explica o engajamento de uruguaios no combate, pois muitos estancieiros gaúchos, possuíam propriedades no país vizinho, e formavam milícias armadas com seus peões.



Uma característica que me chocou muito e que achei menção em mais de uma fonte, e que talvez tenha sido uma das características mais marcantes dessa luta, tenha sido a degola, algumas fontes informam que em um único dia, chegou-se a decapitar cerca de 300 pessoas.



O CENÁRIO
Durante a Revolução de 1893, o Rio Grande do Sul era um Cenário de pura desolação. Era raro ver quem não tivesse caído em alguma desgraça; mortes, incêndios, destruição, estupros são causas tão comuns, que segundo uma das fontes, quem as ouve parece estar mergulhado no inferno dantesco. Estâncias eram abandonadas, vilas vazias, mulheres e crianças apavoradas por onde passavam as tropas. Muito se foi perdido. Estâncias eram saqueadas e os seus animais tomados para servir o exército de ambos os lados. A fome era uma constante que acompanhava os soldados e até mesmo o Povo Riograndense.



Ao passar pelas vilas, no interior tudo que se pode ver é o triste rastro de sangue deixado pela guerra. O terror veste o rosto das pessoas, as crianças apavoradas. Em uma cena do livro de Ângelo Dourado, ele narra que ao chegar próximo à umas casas, num vilarejo, se aproxima dele uma moça muito trêmula, com uma xícara de café, pedindo proteção ao noivo que estava escondido por perto. Só por essa narração dá para sentir o tamanho do pavor que as pessoas sentiam. Nos diz Ângelo: “.... na Serra Gaúcha não sevê uma casa que não seja habitada por mulheres de luto, já quasi insensiveis á dôr.” Conta ele que casas estão em ruínas, e que os habitantes se reúnem todos numa mesma casa, onde possam fugir com mais facilidade dos soldados legalistas.


É neste cenário também que encontramos mulheres à frente de grandes estâncias, grandes charqueadas, e casas de comércio administradas e chefiadas por mulheres. Isso acontece pois os homens estão, em grande parte na guerra, obrigando então as mulheres a tomarem conta de seus negócios.



Como eu disse há comércios, e no livro de Ângelo Dourado ele relata um momento em que a tropa parou em uma “casa de negócio”, que vendia café e pastéis fritos, e que a procura por estes pastéis foi tanta que era difícil se conseguir algum.



O cenário de horror que se encontrava o campo, o interior, muitas vezes não se mostrava tão aparente nas cidades. Festas continuavam sendo dadas pela alta sociedade, festas estas que, muitas vezes contavam com a presença de membros do exércitos. Moças sentavam em seus pianos e tocavam em seus saraus. Algumas destas mossas “casadoiras” da alta sociedade tinham uma visão utópica da Revolução, algumas viviam a revolta apenas de longe, de forma romanceada, só sabendo sobre ela o que era conveniente que soubessem.

OS MÉDICO NA REVOLUÇÃO
No relato de Ângelo Dourado o médico é o personagem principal. Estes ilustres personagens demonstram muita dedicação, pois, na paz e nos períodos de embates bélicos, enfrentando grandes obstáculos, são prova de grande devotamento e senso humanitário. Além de todos os ferimentos de guerra onde um médico poderia ser solicitado, no cenário em que se encontrava o Rio Grande do Sul durante a Revolução Federalista, as Infecções e doenças eram muito comuns; quando não eram mal enterrados, os corpos eram deixados para apodrecer aos relento, pois os revolucionários não sepultavam os cadáveres dos deus adversários. Além disso, o frio era um inimigo poderoso, os soldados muitas vezes dormiam ao relento, e doenças evoluídas da gripe, como a pneumonia eram comuns e quase sempre levavam à morte.



Geralmente, esses médicos eram voluntários, principalmente se lutavam por uma ideologia maior, que é o caso dos Feferalistas. Lutavam incessantemente com a falta de recursos, improvisando tudo o que podiam, e ainda guerreavam no meio das colunas.


Era comum um médico ser mandado de um acampamento para outro para cuidar dos feridos. Eles eram mandados, ou chamados por seus superiores quando havia falta de médico no outro batalhão ou no outro acampamento. Como os médicos eram poucos, era preciso que eles atendessem prontamente a esses chamados, não importando o frio, chuva, ou qualquer intempérie. Os trabalhos com os feridos tomava muito tempo da vida do médico, os acampamentos geralmente eram distantes uns dos outros, e eles tinham que procurar os feridos de barraca em barraca. Quando se está no trabalho e se consegue um ajudante, precisa esperar que este consiga água, que geralmente vem em uma “guampa” (espécie de cantil), pois sem água não se pode fazer os curativos. Eles não tinham tempo de descansar, muitos feridos precisavam de repouso após o atendimento médico, mas eles arriscavam em aumentar o número de feridos se ficassem parados por muito tempo. O transporte dos feridos era difícil; eles iam em uma carreta, e como o terreno era irregular, cada solavanco era um gemido, sem falar das chuva torrenciais, inundações e travessias de rios que a carreta era obrigada a enfrentar.



Como já foi dito, o estupro era comum nesta época, quando o exército passava, muitas moças eram violadas, e cabia ao médico muitas vezes ter que fazer o exame para constatar se houve ou não o estupro, pois muitas vezes o estupro poderia ser usado para incriminar alguém inocente por algum tipo de rixa ou vingança, como é o caso de um relato que está no livro de Ângelo Dourado, que me serviu como base para esta pesquisa.



O médico também participa das batalhas, mas a sua batalha realmente começa quando as balas não mais estão sendo disparadas. Após a batalha, o médico começa a sua correria entre os feridos, vendo quais são a prioridade. Se um militar do alto escalão precisar de atendimento médico, este será o primeiro a ser atendido, depois virão os outros. O médico também pode prestar seus serviços durante a batalha, inclusive tendo que passar pelo fogo inimigo. No relato de Ângelo Dourado, há uma passagem em que ele diz: … “ o meu caminho era indicado pelos cadáveres e feridos...”.


Outra coisa que é interessante ressaltar, que há fatos inusitados, histórias espetaculares, que apenas um médico pode contar a respeito de uma guerra. Quando as pessoas estão morrendo, geralmente a pessoa mais próxima, que tudo presencia, à quem tudo é revelado é o médico. Senas assim estão presentes no livro de Ângelo Dourado.



Em uma das cenas O Doutor, ou seja, o próprio Ângelo narra que um homem trouxe consigo à guerra um filho de uns 14 anos, orgulho deste pai, e que por alguma razão, um outro rapazinho, da mesma idade de seu filho, balhou o seu ventre, e o garoto caiu morto. O Doutor vivia morrendo de medo que o pai do menino que fora morto reivindicasse uma vingança aos moldes da morte de seu filho. Um dia, ouvindo tiros, saiu correndo com medo da vingança. Quando chegou perto de onde pensava se desenrolar uma cena de horror, o que ele viu o chocou ainda mais. O homem dava de comer e beber, conversando animadamente com o assassino de seu filho. O velho homem não culpava o menino, pois este, que lutava em forças contrárias à eles tinha ida à guerra não por vontade própria, mas porque alguém o obrigara, conseqüentemente, também não matara por vontade própria por isso tinha todo o perdão e simpatia daquele pai que havia perdido seu filho assassinado por suas mãos.


Também há tortura durante a Revolução de 1893:



“ … Aqui, como em toda a parte, a tortura tudo que a crueldade pode conceder (…) uma das vítimas foi um pobre moço de raça alemã a quem ele inflingiu tantos castigos corporaes, que perdeu quasi toda a pele. Um boticário conservou no álcool alguns fragmentos que eu consegui obter para fazer um presente ao museu”. - Ângelo Dourado - Voluntários do martírios.



Como pode ver, os fatos bizarros ocorridos aqui são tão fortes quanto em qualquer outra guera ocorrida no mundo. Não é porque ocorreu no Rio Grande do Sul que coisas bizarras não aconteceram por aqui. O que acontece é que este tipo de coisa nunca é mencionada nos livros de história.



O médico é sempre bem visto na sociedade, sempre que ele sai procurando auxílio, para mantimentos, comida, ou cavalos, geralmente ele recebe uma boa acolhida na casa de quem ele abordou. Isso se dá pelo respeito que as pessoas tem à figura do médico, que cura. Geralmente ele recebe mais do que veio pedir. Roupas eles quase nunca ganhavam, por isso estavam sempre com roupas velhas e rotas. No exército eles tinham um costume, só compravam quando tinham como pagar.


OS INSTRUMENTOS MÉDICOS:


Os instrumentos médicos presentes na Revolução de 1893, geralmente se apresentavam em uma maleta, nessa maleta estavam incluídos facas para amputação, serras grandes e pequenas, bisturis, sondas e instrumentos dentários e de trepanação. Não há instrumentos ginecológicos, de modo que o estojo provavelmente era destinado à homens apenas, ou supunha-se que na guerra não se usariam instrumentos deste tipo. Além disso, usavam o clorofórmio, um líquido fétido, usado para desinfetar feridas e acelerar a cicatrização.



Como o lema destes soldados médicos e voluntários era, quase sempre o improviso, sempre estavam precisando de qualquer material que pudessem aproveitar. Muitas vezes, quando a tropa que acompanhavam chegava à uma cidade, eram recebidos como heróis. Mesmo sujos e fedidos, pois só possuíam a muda de roupa que estava no corpo, moças e representantes da cidade vinham fazer-lhes a recepção. Neste momento eles aproveitavam para pedir às moças e a quem pudesse ajudar, que reunissem toda a quantidade de bandagens que conseguissem para que eles pudesse juntar à seu material. A escassez de recursos durante a guerra muitas era suprida da forma mais variada possível, e essa era uma delas.


CONCLUSÕES FINAIS
Viajavam por onde a tropa viajava: Cruz Alta, Passo Fundo, Lagoa Vermelha, Vacaria, Santa Catarina. Os médicos viraram “nômades do martírios”, tendo que encarar as desventuras que lhe eram oferecidas em nome de um ideal. Ideal este que eles acreditavam com todo o fervor de sua alma, pois para eles, lutariam por sua Pátria sempre que ela precisasse.



Esses civis revogaram suas famílias para estar junto de um exército itinerante, mas que precisava de seus serviços desesperadamente. Sem nenhum recurso conseguiam fazer “milagres” no meio do campo de batalha, nos acampamentos. Sem sua presença, muitos teriam deitado seus corpos no meio da revolução sem chance de poder retornar e ver o “sonho da República Riograndense” que se concretizou após esta guerra.



Sem dúvida foram figuras de importantíssimas desta revolução, e que não recebem o destaque que merecem dos livros de história. Encontramos muitos livros que contam sobre a importância dos Generais, dos soldados e até dos cavalos; mas muitas poucas são as fontes que dão o destaque que a figura do médico merece. Deixo aqui estas páginas dedicadas ás este ilustre personagem que tanto contribuiu para a história da Revolução Federalista de 1893