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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

OS POVOS GÊRMANICOS






OS POVOS GERMANICOS E A INVASÃO DO IMPÉRIO ROMANO


Resumo:





Este artigo aborda os povos germânicos a partir do século I quando se intensificou as migrações e o contato com o Império Romano. Começarei dando um apanhado geral sobre os costumes e a vida destes povos, frisando o lado social e econômico. Logo mais abordarei de uma forma generalizada os principais povos e a sua localização. Pra finalizar, enfatizarei o contato com os romanos e os fatores que contribuíram para a grande migração para dentro do Império Romano no século V e a queda do império.






Palavras Chaves: Império Romano, guerreiros, fortes, valentes, batalha



Primeiras Palavras:

Apresentarei aqui uma explanação sobre os povos germanos e a invasão de Roma, com o objetivo de deixar mais claro como aconteceu a queda do Império Romano. Os povos germânicos tiveram um grande papel na formação de uma nova sociedade que surge a partir deste evento.


Este artigo foi construído como trabalho avaliativo na disciplina Historia Medieval I orientado pêra professora Maria Beatriz Pinheiro Machado do Curso de Historia da Universidades de Caxias do Sul no segundo Semestre de 2008









OS POVOS BÁRBAROS E GERMANICOS

Família GermânicaOs povos de origem germânica, também chamados de bárbaros, habitavam regiões do norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano. Eram um povo simples, viviam em aldeias onde a terra pertencia a todos. O chefe da tribo geralmente era um guerreiro forte e valente, vencedor de batalhas, que supostamente seria capaz de defendê-los caso fosse necessário. As leis eram seguidas de acordo com a tradição de cada tribo, podendo variar muito de uma para outra. Como não conheciam a escrita, suas tradições eram passadas oralmente de geração para geração. Sua organização social era o patriarcado, o homem era o chefe da família e era responsável por tomar todas as decisões domésticas. Decidia também sobre conflitos e as terras.


Praticavam uma agricultura rudimentar, pois não tinham conhecimento de técnicas agrícolas que pudessem renovar o solo de uma safra a outra o tornando fértil novamente; sendo assim, podem ser considerados seminômades. Criavam animais como a vaca ou ovelhas para utilizar seu couro em peças de vestuário, sua carne e o leite como alimento e dominavam a arte de trabalhar com metais. Do ponto de vista econômico, eles praticavam trocas de mercadorias.
Eram politeístas, cultivavam vários deuses que relacionavam com elementos da natureza. Para o povo romano, que era cristão eles eram os Pagãos. Por ser um povo de tradição oral, não possuímos relatos destas religiões, por isso, muito deve ainda estar oculto a nossos olhos e continuará assim por muito tempo. O que sabemos é por meio de vestígios encontrados pela arqueologia. Seus lugares de culto ficavam próximos de rios, nascentes, córregos, cachoeiras, entre outros. Todos estes lugares estão relacionados com a fertilidade. Na época da primavera promoviam vários festivais, e juntamente com eles, praticavam rituais da fertilidade. Muitas crianças costumavam nascer nove meses após estes rituais. É muito fácil encontrar referencias de um deus com chifres acompanhado por uma deusa. Dois deuses muito populares são Thor, o deus do trovão, e Odin, pai de todos os deuses e patrono da guerra e dos guerreiros. Por não existir uma divindade única e soberana, podia-se escolher qualquer deus e cultuá-lo de acordo com o que lhe é mais útil. Suas divindades tinham alguma relação com a natureza. Não há nada demais nisso se pararmos para pensar que é a natureza que lhes fornece sua sobrevivência. Em um ano que falta água, por exemplo, a colheita não vinga. Se a natureza lhe privasse de alguma forma, sua subsistência poderia estar em risco.







SOBRE OS PRINCIPAIS POVOS




Os principais povos germânicos são os Francos, que se estabeleceram ao sul da frança e fundaram o Reino Franco, os Lombardos, que invadiram o norte da Península Itálica, os Anglo e Saxões que se instalaram na região da atual Inglaterra, os Visigodos, que instalaram-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica, os Suevos, também na Península Ibérica, os Vândalos no norte da África e na Península Ibérica e os Ostrogodos, que invadiram a região da atual Itália.


Saxões, visigodo, ostrogodos, alamos, burgundios entre outros povos, não resistiram a pressão extrema e acabaram dominados ou destruídos. Isso não aconteceu com os francos, que conseguiram se estruturar e formar raízes na Gália, expandindo-se por territórios que hoje correspondem a França, Alemanha e Bélgica. Franco quer dizer ousado e corajoso, que são características que podem descrever muito bem este povo.
Da Escandinávia vieram os Lombardos, do latim longobardi, que quer dizer “os de barba longa”. Instalaram-se na região que hoje leva seu nome, a Lombardia, que mais tarde foi conquistada pelos francos, guiados por Carlos Magno. Do território que hoje é a Alemanha e o leste da Holanda vieram os Saxões, que invadiram com tudo as ilhas Britânicas.
Reinos dos Visigodos


O Reino SuevoPertencente ao povo godo, os visigodos, que quer dizer “povo valente”, deixaram o mar Báltico em direção ao mar negro e cada vez mais para dentro do território romano instalando-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica. Encostado neste território estão os Suevos. Oriundos do Norte da Europa, foram expulsos de suas terras pelos hunos, e atravessaram o rio Reno, entrando no território Romano pela Hispania, alojando-se principalmente no Noroeste da Península Ibérica . Os Ostrogodos, também um povo godo, viviam desde o Mar negro até o Báltico se instalaram na Itália. os Vândalos , que se instalaram no norte da África.








A MIGRAÇÃO PARA O IMPÉRIO ROMANO




Nas estepes asiáticas, um povo nômade de guerreiros se sobressaiu por ganhar a fama de guerreiros insensíveis. Eram os Hunos. Dominavam a técnica da cavalaria, sendo considerados os melhores cavaleiros do mundo antigo. Eles conquistaram a China, foram para oeste, onde hoje é o sul da Rússia e conquistaram o reino dos Ostrogodos, que, por sua vez, não aceitaram a submissão e fugiram para o ocidente, juntando-se aos Visigodos. Juntos, esses dois povos não foram capazes de vencer o hunos e foram forçados pra dentro do Império Romano. Enquanto Roma estava ocupada se defendendo dos Visigodos, outros povos iam invadindo o território romano. A primeira grande onda de invasão aconteceu, segundo consta nos livros de história, na noite 31 de dezembro de 406, num rigoroso inverno. Eram Suevos, Vândalos e Álamos, que , também pressionados pelos hunos, não tinham outra opção senão adentrar ao império romano, seguidos pelos Bungúrdios e os Alanos . Quando Roma deu por si, a presença germânica no seu território era uma constante. Foram obrigados a incorporá-los e logo em seguida, eram esses povos federados, que obtiveram o direito sobre terras e de receber tributos , que exerciam o domínio sobre os romanos. A questão das terras foi resolvida através do REGIME DE HOSPITALIAS, que segundo o costume romano, acolhem seus hóspedes e dividem seus bens e escravos enquanto durar a visita. Deu-se assim uma adaptação deste costume onde 2 parte das terras foram para os germano e 1 parte ficara para os romanos. Os bárbaros entraram no território romano em menor número e mesmo assim ganharam. A desestruturalização do aparato militar romano foi primordial para este resultado. Podemos comentar outros fatores que também contribuíram para isso. A maioria da população romana era formada por povos outrora subjugados e conquistados por Roma, sendo assim, estes povos não tinham sentimento de patriotismo. Como já haviam sido dominados, os germanos eram visto apenas como mais um povo que passará a dominá-los. A grande massa populacional estava empobrecida, mal alimentada, vivendo muito abaixo do nível de pobreza, e mesmo assim, pagando impostos cada vez mais caros. A proposta dos germânicos foi mais branda e teve grande aceitação da massa populacional. Roma tinha uma elite parasitária que vivia aos custos da classe trabalhadora, e essa elite não “fazia orçamento” para banques, eles simplesmente gastavam. Claro que mais tarde começam os casamentos entre a elite romana e germana e em questão de duas gerações não se distingue mais quem é romano de quem é germano.


Os germanos não tinham uma noção de estado, por isso, tomaram emprestado o modelo de estado romano. No início ouve uma dualidade nas leis, romanos respondiam de acordo com as leis romanas, quem era germânico, respondia de acordo com a lei germânica. Logo este povo cedeu ao cristianismo e a igreja passou ser a principal instituição medieval. Eles foram se convertendo aos poucos e a maioria acabou por se converter ao catolicismo romano. Na maioria das vezes, quando o chefe ou o rei se convertia, o restante da população acabava por segui-lo. No início, romano e germano vivia cada um o seu papel, mas logo mais os casamentos entre eles foram liberados desde que seguissem sua linhagem; aristocratas com aristocratas, plebe com plebe, e assim sucessivamente Logo, em questão de duas gerações não se distinguia mais romano de germano, começou a existir um novo grupo, que deu origem ao a uma época resultante da sociedade romana em decadência e a sociedade bárbara em evolução: a Idade Média Feudal.




Palavras Finais:


Revendo o texto escrito, podemos perceber o grande papel que os Germanos tiveram na queda do Império Romano e na formação da Sociedade Feudal. Mesmo sendo um povo sem estrutura social de Estado e Política, conseguiram organizar, com ajuda de modelos romanos, uma sociedade que foi se fortalecendo e se sobrepondo a Roma. Estes povos ditos “bárbaros” dominaram todo um império e mudaram a história.

Referências Bibliográficas:

Para realizar este trabalho utilizei como fontes obras de Courcelle, Pierre, 1948.; Le Goff, Jacques e Ribeiro, Maria Eurydice Barros, além dos sites http://www.wikipedia.com.br/, http://www.suapesquisa.com/povosbarbaros